Vai, que dá!

  Tem dias que você acorda para o mundo, tem dias que o mundo acorda você. E esses dias em especial, são os mais difíceis, são os dias no qual você segura as lágrimas com todas as suas forças e acaba sem forças para fazer qualquer outra coisa.
  São esses dias que você só precisa deitar e deixar tudo sair, não por tristeza mas, por saber que esse sentimento não te pertence e não deve te pertencer. Mas são esses mesmos dias que o mundo exige mais ainda de você, se é por maldade ou para tirar a dor de foco, não sei, só sei que no começo achamos que é crueldade não nos deixar sentir o que estamos sentindo, não nos deixa desmoronar.
  Isso pode ser uma coisa boa, visto que, quando nos damos conta, a dor já passou, a coragem chegou (mesmo que a força), o dia passou, as coisas foram realizadas e a dor não é mais tão importante assim, você nem sente mais, já esqueceu o motivo e vida que segue.
  Tudo volta quando a cabeça encosta no travesseiro, ai você desmonta, desmancha, destrói, deságua, debulha e dorme. É um modo de a vida te dizer ‘tudo tem seu momento certo’, deixa fluir, deixa caminhar, a hora de se renovar sempre chega, nós achamos que nossa hora é a hora certa mas, ao parar para refletir, se tivéssemos deixado sair todo o sentimento na hora errada, passaríamos um dia atônito, apático, atípico e avulso, bom mesmo é desabafar na hora certa, porque quando o desabafo acaba o sono chega e vamos combinar, não há café no mundo que supere o sono da leveza, aquele que chega após a lavagem da alma.

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